Feira de Santana

 

Município de Feira de Santana

Vista da cidade através de um edifício.

 

"Princesa do Sertão"
"Feira"
"Cidade Princesa"
"Portal do sertão"

Hino

Aniversário

 

Fundação

18 de setembro de 1873

Gentílico

Feirense

Lema

 

Prefeito (a)

Tarcízio Pimenta (DEM)
(20092012)

Localização

Localização de Feira de Santana

 

Localização de Feira de Santana na Bahia

Localização de Feira de Santana em Brasil

Feira de Santana

Localização de Feira de Santana no Brasil

12° 16' 01" S 38° 58' 01" O12° 16' 01" S 38° 58' 01" O

Unidade federativa

Bahia

Mesorregião

Centro Norte Baiano IBGE/2008

Microrregião

Feira de Santana IBGE/2008

Região metropolitana

 

Municípios limítrofes

Santa Bárbara, Santanópolis, Tanquinho, Candeal, Antônio Cardoso, São Gonçalo dos Campos, Santo Amaro da Purificação, Coração de Maria, Anguera, Serra Preta, Ipecaetá, Amélia Rodrigues e Conceição do Jacuípe

Distância até a capital

107 km

Características geográficas

Área

1.363 km²

População

591.707 hab. est. IBGE/2009

Densidade

434,12 hab./km²

Altitude

234 m

Clima

semiárido quente BSh

Fuso horário

UTC-3

Indicadores

IDH

0,74 médio PNUD/2000

PIB

R$ 4.721.367 milhões (BR: 82º) – IBGE/2007

PIB per capita

R$ 8.254,00 IBGE/2007

 

Feira de Santana é um município brasileiro do estado da Bahia, situado a 107 km de sua capital, Salvador, à qual se liga através da BR-324. Feira é a segunda cidade mais populosa do estado e maior cidade do interior nordestino em população.

“Localiza-se a 12º16’00” de latitude sul e 38º58’00” de longitude oeste, a uma altitude de 234 metros. Sua população estimada em 2009 era de 591.707 habitantes.

 

Ganhou de Ruy Barbosa, o Águia de Haia, a alcunha de "Princesa do Sertão", apesar de localizada no agreste baiano, e possui alguns dos melhores índices do estado: O acesso à rede de esgoto, 41%, é o segundo maior da região. A taxa de mortalidade infantil, 26,3, supera a média nacional, de 19,3. O índice de homicídios, 6,8%, também é maior que a média do país, de 4,6%, além de internet gratuita à população fornecida nas praças no centro da cidade e no conjunto Feira V (ao lado da Capela São Francisco de Assis), servindo cerca de 35 mil usuários diários em média no município.

A cidade encontra-se num dos principais entroncamentos de rodovias do Nordeste brasileiro, é onde ocorre o encontro das BRs 101, 116 e 324, funcionando como ponto de passagem para o tráfego que vem do Sul e do Centro Oeste e se dirige para Salvador e outras importantes cidades nordestinas. Graças a esta posição privilegiada e à distância relativamente pequena de Salvador, possui um importante e diversificado setor de comércio e serviços, além de indústrias de transformação e a Universidade Estadual de Feira de Santana, com 21 cursos, além de seis faculdades particulares e uma complexa fábrica de aviões ultraleves, ao lado do aeroporto existente no município.

 

História

Alguns cognomes dados à Feira de Santana: "Princesa do Sertão" (Ruy Barbosa), "Porta Áurea da Bahia" (Pedro Calmon), "Cidade Patriótica" (Heroína Maria Quitéria), "Cidade Escola" (Pe. Ovídio de São Boaventura), "Cidade Formosa e Bendita" (Poetisa Georgina Erismann) "Cidade Progresso" (Jânio Quadros).

A cidade originou-se de uma fazenda da paróquia de São José das Itapororocas. A Fazenda recebia o nome de Santana dos Olhos D'água e ali passava a estrada das boiadas, onde passava-se com o gado que deveria ser vendido em Salvador, Cachoeira e Santo Amaro. Os donos daquela fazenda eram católicos fervorosos e construíram uma capela em louvor a Nossa Senhora Santana e São Domingos. Com o movimento de vaqueiros e viajantes, formou-se uma feirinha.

Quando da sua fundação no século XVIII os poucos moradores existentes saciavam sua sede com a água existente nos "Olhos D'Água", fonte localizada na fazenda dos colonizadores Domingos Barbosa de Araújo e Ana Brandoa e ainda nos diversos minadouros e tanques da cidade. Afirma-se que o grande propulsor do desenvolvimento feirense foi a atividade pecuária.

As primeiras medidas para transformar no que é hoje Feira de Santana, começaram com a criação da vila em 13 de novembro de 1832. O Município e a Vila foram criados no dia 9 de maio de 1833, quando o governo elevou o então povoado a Vila, com a denominação de Villa do Arraial de Feira de Sant’Anna, com o território desmembrado de Cachoeira, constituídas pelas freguesias de São José das Itapororocas (sede), Sagrado Coração de Jesus do Perdão e Santana do Camisão, atual município de Ipirá.

A Lei provincial nº 1.320, de 16 de junho de 1873, elevou a vila à categoria de cidade, como o nome de Comercial Cidade de Feira de Sant'Anna.

A arborização do município deu-se em 1888. Consta, ainda, que as praças e ruas existentes foram alargadas e iluminadas com 120 lâmpadas. A iluminação era feita por um motor dinamarquês.

 

No ano de 1957 quando Feira de Santana já havia sido batizada definitivamente com este nome que prevalece até os dias atuais, encanou-se água que era captada da Lagoa Grande, localizada perto do hoje conhecido bairro Santo Antônio dos Prazeres.

Mais tarde, em 1970, criou-se em Feira de Santana o Centro Industrial do Subaé, que apoia as indústrias instaladas proporcionando meios para que as novas indústrias sejam ampliadas.

 

Cronologia

  1. João Peixoto Viegas se instala, em São José das Itapororocas, em meados do Século XVII;
  2. É construída a primeira casa, um sobrado de cal e pedra, e a primeira Igreja, esta em homenagem a São José;
  3. O casal de ascendência portuguesa Domingos Barbosa de Araújo e Ana Brandoa compram a fazenda Olhos D'Água, entre 1705 e 1710 e doam 100 braças em quadra de terra, para edificar uma capela, no alto da Boa Vista, na abrangência das Praças Mons. Galvão e Padre Ovídio, próxima a Estrada Real;
  4. Feira de Sant'Anna torna-se povoado em 1819;
  5. D. Pedro I recebe um abaixo-assinado solicitando a enaltação do povoado em Vila, e aprova;
  6. Cria-se em 1846 a Paróquia de Santana;
  7. D. Pedro II visita Feira de Sant'Anna a fim de ver pessoalmente as famosas feiras de gado;
  8. Em 1873 a vila vira cidade e ganha o nome de "Cidade Comercial de Feira de Sant'Anna";
  9. Em 1931, no governo de Getúlio Vargas, a cidade ganha o nome de "Feira" de forma inopinada;
  10. Em 1938, possivelmente, por causa do protesto popular, a cidade passa a se chamar definitivamente: "Feira de Santana".

 

Geografia

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O município de Feira de Santana está localizado na zona de planície entre o Recôncavo baiano e os tabuleiros semi-áridos do nordeste baiano. Faz divisa com 12 municípios: Anguera (norte); Antônio Cardoso (sul); Candeal (norte); Conceição do Jacuípe (leste); Coração de Maria (leste); Ipecaetá (oeste); Santa Bárbara (norte); Santanópolis (leste); Santo Amaro da Purificação (leste); São Gonçalo dos Campos (sul); Serra Preta (oeste); e Tanquinho (norte).

Através do PAC 2, existe o plano político para a instauração do Região Metropolitana de Feira de Santana (RMFS). Liderado pelo deputado federal Colbert Martins (PMDB), o projeto já recebeu autorização do governador Jaques Wagner (PT). Os 15 municípios a formar a RMFS são: Riachão do Jacuípe, Candeal, Tanquinho, Santa Bárbara, Santanópolis, Ipirá, Feira de Santana, Serra Preta, Coração de Maria, Conceição do Jacuípe, Amélia Rodrigues, São Gonçalo dos Campos, Antônio Cardoso, Ipecaetá e Anguera.

Possui uma área de 1.363 km², sendo reconhecida como o portal do sertão por estar situada no ínicio do agreste baiano. A sede possui 111 km².

Em relação à hidrografia, os principais elementos são: Rio Subaé, o menos caudaloso do município, porém permanente. O Pojuca, o Jacuípe, diversas lagoas, alguns riachos e várias fontes nativas.

O solo contém: argila, caulim, areias, arenitos, granulitos e minerais. Destes elementos são explorados apenas: areia, argila e pedras para construção que também são, industrialmente transformadas em várias espécies de britas e tipos de pedra.

Feira de Santana está a 324 metros acima do nível do mar tendo como referência a Igreja Senhor dos Passos. O relevo é um conjunto de tabuleiros, planaltos e esplanadas. Nota-se no município a presença de algumas serras: Serra da Agulha, Cágado, Serra Grande, São José, Branco, Santa Maria e Boqueirão. Nenhuma destas ultrapassa os 300m de altura.

 

A vegetação está relacionada com as chuvas de outono e inverno. É constituída de matas que se transformam em cerrados, à medida que se aproxima do centro da cidade. A caatinga, de solo raso, predomina no norte e oeste. A vegetação é xenófila (de região seca) com arbustos espinhosos (mandacaru, xique-xique, palma e outros cactáceos) e de gramíneas ralas que acumulam água e têm raízes profundas. A vegetação predominante é a caatinga.

O clima é considerado tropical, úmido e semi-árido, sendo que a sua estação chuvosa vai de março a setembro, com um índice pluviométrico variando de 900 a 1.200 mm anuais. Sua temperatura média é de 26,5 graus.

 

Política

O primeiro intendente, a partir da Proclamação da República, foi Joaquim de Melo Sampaio (Cargo equivalente ao atual Prefeito).

Poder Judiciário

A cidade é sede da comarca que leva o mesmo nome, com dois municípios: Feira de Santana e Tanquinho. É também sede de uma subseção judiciária federal que engloba 73 municípios. A Justiça estadual funciona no Fórum Filinto Bastos, com 16 juízes de Direito, ao passo que a Justiça Federal funciona em prédio provisório na Alameda Santos, no Caseb, com duas juízas federais, Lilian Botelho Neiva e Karin Weh.

A cidade também é sede da Promotoria Regional, na Avenida Getúlio Vargas, onde funciona o Ministério Público Estadual.

O Ministério Público Federal instalado em 2006 na cidade atende a 73 municípios da subseção. O primeiro procurador da República lotado em Feira de Santana foi Vladimir Aras.

 

Subdivisão

 

Feira de Santana é dividida em bairros, sub-bairros e distritos. Existe até uma marchinha popular na cidade, que é: Eu tinha uma Asa Branca que fugiu do Aviário, hoje sobrevoa o Aeroporto e sempre pousa nas galhas da Baraúna, em cujas sombras estaciono a minha Brasília.

Feira de Santana possui oito distritos, os quais são: Bonfim de Feira, Governador João Durval Carneiro, Humildes, Jaguara, Jaíba, Maria Quitéria, Distrito de Matinha e Tiquaruçu.

 

Símbolos

A Bandeira foi feita por D. Jackson Berenguer Prado, o primeiro bispo da cidade, em 19 de Dezembro de 1968. As cores da bandeira são: branca com traços vermelhos e verdes, tendo no centro o brasão da cidade, encimado por uma coroa, vendo-se ao lado uma cesta de frutas, ânforas, um berrante, um pião ladeado, por um pé de milho e outro de fumo. O Brasão de armas foi feito juntamente com a bandeira pelo mesmo D. Jackson Prado.

 

Demografia

A cidade conta com 428,86 habitantes a cada km².

A população feirense é bastante miscigenada, em decorrência das correntes migratórias advindas de todas as regiões do país.

Em números, a cidade que tinha cerca de 4000 habitantes quando da visita do então Imperador D. Pedro II atualmente conta com cerca de 591.707 moradores, de acordo com os números do Censo no ano de 2009.

Segundo àquelas estatísticas de 2000, 112.302 habitantes são de cor branca, 75.168 são de cor preta e 288.739 são pardos. Declararam-se indígenas ou sem declaração 2.121 feirenses.

A população atual do município é de 591.707 habitantes.

Infraestrutura

O município é banhado pela região industrial do recôncavo baiano, beneficiado por indústrias de base, químicas, e automobilísticas (tal região é o maior polo automobilístico do nordeste). Recentemente, está a receber também indústrias de tecnologia da informação, como a coreana Digitmedia.

A principal região industrial de Feira de Santana é o Centro Industrial de Subaé. O local atrai grandes empresas por conta de incentivos fiscais, por conta dos baixos salários que um trabalhador baiano recebe em relação aos das regiões Sul e Sudeste, e pela localização privilegiada (fica em rotas comerciais próximas ao Sudeste).

 

Comunicação

Emissoras de televisão

Geradora

  •  

  • TV Subaé - canal VHF 10 - Rede Globo

Retramissoras

  • TV Aratu - canal VHF 3 - SBT
  • TV Itapoan - canal VHF 5 - Rede Record
  • TVE Bahia - canal VHF 8 - TV Brasil/TV Cultura
  • Band Bahia - canal VHF 12 - Rede Bandeirantes
  • TV Cabrália - canal UHF 19 - Record News
  • Rede Vida - canal UHF 21
  • RIT - canal UHF 32
  • TV Canção Nova - canal UHF 38
  •  

  • TV J - canal comunitário - emissora local canal 15 NET - TV a cabo

Emissoras de rádio

  • Betel FM 87.9 MHz
  • Nordeste FM 95.3 MHz
  • Princesa FM 96.9 MHz
  • Eldorado FM 99.5 MHz
  • Jovem Pan 2 FM 100.9 MHz (antiga Antares FM)
  • Cultura AM 700 kHz
  • Sociedade de Feira AM 970 kHz
  • Subaé AM 1080 kHz
  • Povo AM 1210 kHz (antiga Rádio Carioca)
  • Feira FM 107.7 MHz
  • Vida FM 106.1 MHz ( Rádio Gospel Comunitária)

 

Educação

 

Feira de Santana é uma das cidades do país que mais se destacam no quesito educacional. O colégio Helyos conquistou o 4º lugar no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e em 1º lugar na Bahia pela terceira vez consecutiva. Na rede pública, o destaque é o Colégio da Polícia Militar. Há pouco tempo inaugurado conseguiu em 2007 o primeiro lugar no ENEM das escolas públicas de Feira de Santana. Há também escolas católicas, como o Colégio Santo Antônio.

A cidade conta com duas universidades, sendo a Estadual de Feira (UEFS) a única com sede no próprio município. Há também a UNIFACS, que é uma universidade com sede na capital e campus avançado em Feira. Há também outras instituições de ensino superior presencial e a distância, como a UNEF, FTC, FAT, FAN, ENEB, UNOPAR, UNIDERP, UNISA além de sediar um centro de educação tecnológica, a Associação Centro de Educação Tecnológica do Estado da Bahia (CETEB).

 

Cultura

Feira de Santana é cidade de origem de poetas como Godofredo Filho e Eurico Alves. Além disso, nela também nasceram Juraci Dórea (artística plástico e poeta), o polêmico cordelista Franklin Maxado e o músico Carlos Pita. Eurico Alves (1909-1974) cantou a cidade em diversos dos seus poemas, como na sua famosa "Elegia para Manuel Bandeira":

"Manuel Bandeira, dê um pulo a Feira de Santana

e venha comer pirão de leite com carne assada de volta do curral

e venha sentir o perfume de eternidade que há nestas casas de fazenda,

nestes solares que os séculos escondem nos cabelos desnastrados das noites eternas"

Além de uma considerável produção poética, Eurico Alves escreveu Fidalgos e Vaqueiros, obra inspirada em Casa Grande e Senzala, de Gilberto Freyre, na qual busca as origens e as influências do que se costuma chamar "civilização do couro", a civilização sertaneja.

Juraci Dórea (1944) é um dos mais bem-sucedidos artistas plásticos do Brasil na atualidade. Procura, por meio de esculturas, pinturas e poemas, desvendar e recriar o ambiente sertanejo e antigo do interior baiano. Partindo de Feira de Santana, seu imaginário confunde-se com a arte popular de cordelistas, cantadores, etc. Obras suas podem ser vistas no Mercado de Arte Popular de Feira de Santana, na Universidade Estadual de Feira de Santana e em diversos outros pontos da cidade. Um dos seus mais significativos trabalhos é intitulado Projeto Terra - no qual expõe, em pleno sertão baiano, esculturas de caráter abstrato feitas com madeira e couro cru. Deslocando a arte do circuito "culto", dos museus, Juraci Dórea propõe uma espécie de inversão artística, algo que acentua suas ligações com a cultura popular e sertaneja.