Simões Filho
Simões Filho é um município brasileiro do estado da Bahia.Sua população estimada em 2005 era de 107.561 habitantes.
História
O lugar era originalmente parte da área do Recôncavo onde desde o século XVII se instalaram os engenhos produtores da cana-de-açúcar.
O município foi criado com a emancipação de Salvador do distrito de Água Comprida, com sua denominação atual, em 7 de novembro de 1961, pela lei 1538. Seu nome homenageia o jornalista e político Ernesto Simões Filho, fundador do jornal A Tarde, ainda hoje existente.
A emancipação foi fruto de pleito da comunidade, em que teve destaque as atuações dos emancipadores: Walter José Tolentino Álvares, Altamirando Ramos, Noemia Meireles Ramos, Profª Maria Chaves, Padre Luiz Palmeira.
Integrando a Região Metropolitana de Salvador em 1973, por lei federal, desde esse período recebeu a instalação de diversas indústrias, sendo registrados mais de mil empreendimentos.
O pioneiro do saneamento no município foi Engenheiro Simões. Em 1929, quando adquiriu a fazenda “Engenho Novo”, providenciou a vinda de uma equipe de serviço de malária para executar os trabalhos de abertura de valas e córregos, a fim de exterminar a febre pelúcida que ceifava vidas, na antiga Água Comprida.
Fica localizado ao lado de Salvador, já conurbado com a capital baiana.
Economia
No contexto econômico, podemos considerar o Centro Industrial de Aratu – CIA e o Complexo Petroquímico de Camaçari – COPEC como sendo os dois marcos mais importantes para a economia local. A atividade agropecuária, com baixa representatividade, também se faz presente no município, destacando-se o cultivo de banana, coco-da-baía, cacau (amêndoa), manga, goiaba, laranja e pimenta do reino e a criação de bovinos, suínos e ovinos. O Índice de Desenvolvimento Econômico – IDE é um indicador econômico resultante da análise dos níveis de infra-estrutura (INF) e qualificação de mão-de-obra (IQM) existentes e da renda gerada localmente (IPM). Segundo o IDE publicado pela SEI (2002) o município de Simões Filho aparece como a quinta economia baiana em 1998. Comparado aos demais municípios da RMS.
Clima
Devido a grande proximidade do litoral, Simões Filho apresenta clima úmido com temperaturas médias anuais de 24,7°C, pluviosidade média anual entre 1600 e 2000mm, sendo que as maiores concentrações pluviométricas ocorrem entre os meses de abril e junho. As formas de relevo predominantes no município são os Tabuleiros Pré-Litorâneos, as Planícies Marinhas e Fluviomarinhas e as Baixadas Litorâneas, associadas a uma geologia com presença de conglomerados, gnaísses, arenitos, depósitos fluviais e costeiros (areias de praias, dunas, mangues, terraços e cordões litorâneos). A hidrografia é composta pela bacia do rio Joanes, sendo os principais afluentes os rios Córrego Cantagalo e o Córrego Muriqueira. Ao longo da bacia aparecem as represas Joanes I, Joanes II, Ipitanga II e Ipitanga III, importantes para o abastecimento de água da Região Metropolitana de Salvador. A bioecologia local é representada pelos solos do tipo Podzólico Vermelho-Amarelo álico, Latossolo Vermelho-Amarelo álico, Latossolo Amarelo álico, Podzol Hidromórfico e Solos Indiscriminados de mangue, onde desenvolvem atividades agrícolas, extrativismo e pecuária. A vegetação está constituída pela Floresta Ombrófila, Contato cerrado-restinga e Formações pioneiras com influência fluviomarinha.
Limites
Camaçari, Candeias, Lauro de Freitas e Salvador.
Estação Ferroviária
E. F. Bahia ao São Francisco (1860-1911)
Cia. Chemins de Fer Federaux du LEst Brésilien (1911-1935)
V. F. F. Leste Brasileiro (1935-1975)
RFFSA (1975-1996)
SIMÕES FILHO
(antiga ÁGUA COMPRIDA)
Município de Simões Filho, BA
Linha tronco - km BA-2356
Inauguração: 10.09.1860
Uso atual: n/d com trilhos
Data de construção do prédio atual: n/d
Histórico da Linha:
A linha-tronco da Viação Ferrea do Leste Brasileiro (VFFLB) era a linha original da E. F. Bahia ao São Francisco, aberta entre 1860 e 1863 e ligando a estação da Calçada, em Salvador, à de São Francisco, em Alagoinhas, ainda bem longe do rio do mesmo nome. Esta linha foi incorporada pelo Governo baiano em 1903, repassada a outros concessionários até que em 1911 foi entregue à concessão da Cia. Chemins de Fer Federaux du LEst Bresilien, de capital francês. Em 1935, a VFFLB foi criada pelo Governo para ficar com o acervo dos franceses, já sem interesse de mantê-la. Em 1975 foi definitivamente incorporada pela RFFSA como uma de suas divisões, depois de ter sido uma das constituintes desta, em 1957. O último trem de passageiros de longo percurso passou pela linha nos anos 1980, e hoje (2005) trafegam, no trecho Calçada-Paripe, apenas trens elétricos metropolitanos, ainda sob a batuta da CBTU. Hoje todas as linhas baianas que sobram em atividade estão sob a concessão da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA).
A Estação:
A estação de Água Comprida foi inaugurada em 1860, no segundo trecho da E. F. Bahia ao São Francisco aberto ao tráfego. Nos guias ferroviários anteriores a 1945, a estação de Água Comprida aparece como ponto de bifurcação das linhas do Sul (que segue para São Félix) e tronco (que segue para São Francisco). Depois, nos anos 1950, a bifurcação já acontece em Mapele, mais próxima a Salvador. A estação fica junto ao centro da cidade, que se tornou município em 1961, época em que o nome foi alterado de Água Comprida para o de Simões Filho. A estação atual, construída num dos estilos padrão da Leste Brasileiro, o foi certamente nos anos 1940, quando, inclusive, o local deixou de ser o ponto de saída do ramal que seguia para Buranhem. A estação serviu à FCA, mas no dia em que lá estive, deu a impressão de estar fechada; não vi nenhum funcionário trabalhando ali, ao contrário do que havia na de Dias Dávila. Pelo que entendi, até há algum tempo se desembarcava cimento em Simões Filho, mas não mais; pode ter sido esse o motivo do fechamento. Entretanto, existe no pátio um carro adaptado típico de moradia de pessoal de manutenção de linha. (Fontes: Ralph M. Giesbrecht; Guias Levi, edições de 1932 a 1984; Estradas de Ferro do Brazil, de Cyro Deocleciano R. Pessoa Jr., 1886).
Estação Ferroviária II - Mapele
E. F. Bahia ao São Francisco (1860-1911)
Cia. Chemins de Fer Federaux du LEst Brésilien (1911-1935)
V. F. F. Leste Brasileiro (1935-1975)
RFFSA (1975-1996)
MAPELE
Município de Simões Filho, BA
Linha tronco - km 21,776 (1960) BA-2353
Inauguração: 10.09.1860
Uso atual: moradia com trilhos
Data de construção do prédio atual: anos 1940
Histórico da Linha:
A linha-tronco da Viação Ferrea do Leste Brasileiro (VFFLB) era a linha original da E. F. Bahia ao São Francisco, aberta entre 1860 e 1863 e ligando a estação da Calçada, em Salvador, à de São Francisco, em Alagoinhas, ainda bem longe do rio do mesmo nome. Esta linha foi incorporada pelo Governo baiano em 1903, repassada a outros concessionários até que em 1911 foi entregue à concessão da Cia. Chemins de Fer Federaux du LEst Bresilien, de capital francês. Em 1935, a VFFLB foi criada pelo Governo para ficar com o acervo dos franceses, já sem interesse de mantê-la. Em 1975 foi definitivamente incorporada pela RFFSA como uma de suas divisões, depois de ter sido uma das constituintes desta, em 1957. O último trem de passageiros de longo percurso passou pela linha nos anos 1980, e hoje (2005) trafegam, no trecho Calçada-Paripe, apenas trens elétricos metropolitanos, ainda sob a batuta da CBTU. Hoje todas as linhas baianas que sobram em atividade estão sob a concessão da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA).
A Estação:
A estação de Mapele foi aberta em 1860 na E. F. Bahia ao São Francisco. A estação, situada no fundo da Baía de Aratu, uma baía menor que está na parte mais norte da Baía de Todos os Santos, está localizada no município de Simões Filho. Outrora um dos pontos de veraneio da cidade de Salvador, hoje é um bairro pobre com casas e sítios muito simples. Era uma região de usinas e engenhos de açúcar, a que a estação certamente atendia. A partir de 1947, com o começo da exploração do petróleo na região, inicia-se o processo de industrialização na banda oriental do Recôncavo. Em setembro de 1950, entrou em funcionamento a Refinaria de Mataripe.Em 1967, criou-se o Centro Industrial de Aratu, nos municípios de Simões Filho e Candeias, e após sete anos de trabalho, inaugurou-se o Complexo Petroquímico de Camaçari. Estas novas atividades introduziram profundas mudanças sócio-econômicas na região, atingindo primeiro a pequena lavoura de subsistência para em seguida afetar o que restou da agroindústria açucareira.